segunda-feira, 30 de abril de 2007

Liz Taylor e Jânio - bungle in the jungle

Pouca gente sabe, e quem sabe nunca fala. Alguns dos personagens mais importantes da história do Brasil no Século XX moraram em Curitiba. Um deles foi o João Saldanha, que acompanhou seu pai guerrilheiro maragato se escondendo na região de Curitiba e Ponta Grossa. Saldanha despertou seu interesse por futebol aqui na terra. Precisamente na Baixada do Água Verde. Outro que morou aqui foi o ex-presidente Jânio Quadros. Nascido em Campo Grande, no então estado de Mato Grosso e atualmente capital do Mato Grosso do Sul, no dia 25 de janeiro de 1917, filho do médico paranaense Gabriel Quadros e de Leonor da Silva Quadros. Ainda criança, mudou-se junto com sua família para Curitiba, onde fez o curso primário e parte do secundário no Ginásio Paranaense. Ali foi colega de Nei Braga, futuro governador do Paraná. Muita gente boa estudou no Ginásio Paranaense, mas não era sobre isto que eu queria falar agora. Na verdade existe uma ótima estória entra os dois amigos, contada pelo Augisto Nunes , que irei reproduzir - de memória- agora:
Parece que O Jânio estava numa missão, onde seria mesmo? Era por aí. E calhou da Elizabeth Taylor também estar na cidade. Na qualidade de Presidente da Republica do Brasil – um pais sempre instigante para as mulheres – ele mandou convidar a estrela para uma entrevista tete-a-tete. Para seu espanto ela aceitou. Jânio deve ter colocado sua melhor roupa de safári e não deve ter poupado nem em perfume, nem no armário de bebidas.
Liz Taylor apareceu. O presidente falou pelos cotovelos e a convidou para ir ao Brasil e , em especial para a Amazônia, como parte de um projeto que eles desenvolveriam e tal. E lançou para a diva a sua famosa baba de quiabo. No fim, ela disse que aceitava o convite. O presidente, por sua vez, fazia questão que a visita fosse em outubro. Depois do”télogoumabração” ficou combinado que o presidente ciceronearia la Taylor, numa viagem pela misteriosa e sensual selva brasileira. Ademais, seria no fatalíssimo mês de outubro de 63. Um dos primeiros a receber a ligação de Jânio, contando vantagem, foi seu velho amigo Ney Braga. Parece que Jânio babava no bigode:
_ Aquilo lá em outubro é um calor, uma loucura. Lá ela não me escapa...
A coisa ficou assim. O tempo passou e um dia entra um assessor no gabinete do governador do Paraná:
_Dr. Ney, o homem enlouqueceu. O Jânio renunciou!
Ney Braga parecia seguro. Não se abalou:
_Que é isso?!! Até outubro, você pode ficar tranqüilo. Ele não sai nem a pau...

Um comentário:

Flávio Jacobsen disse...

no museu do Estadual tinha uma prova do Jânio, português se não me engano, nota dois... péssimo aluno, será que ele já dava pra beber à época?