
O mínimo que se esperava era um grande duelo. O sólido cadeado da retranca de Ancellotti contra a "arataca" de Sir Alex Fergunson. Pois só pode ser assim chamada a estratégia inventada pelo nunca lembrado João Lima no Clube Atlético Paranaense em 1962 e copiada,hoje em dia, pelo nobre cavaleiro da Rainha. Contam-me os mais antigos que, naqueles tempos de vacas magras, de pragas e outras maldições, quando a peleja se apresentava especialmente dura o nosso treineiro "aratacava". Depois de muito coçar o queixo (parece alguém que eu conheço) decidia passar o ponteiro direito para a esquerda e o canhoto para a direita. Pois não é que 40 e tantos anos depois é mais ou menos assim o Manchester UTD joga.
Com o excelente galês Giggs , canhoto, na direita e o destro C. Ronaldo na esquerda.
Se bem que de uns tempos pra cá o Ronaldo português está jogando, (e muito, muito) pelo campo todo.
Com o excelente galês Giggs , canhoto, na direita e o destro C. Ronaldo na esquerda.
Se bem que de uns tempos pra cá o Ronaldo português está jogando, (e muito, muito) pelo campo todo.
Era pra ser um duelo também entre estas duas saúdes de vaca premiadas, as mais impressionantes do futebol mundial. O bom moço Kaká contra o Cristiano R, 22 anos, marrento e milionário.
Parecia que as coisa tinha ficado mais pro luso, que começou aceso e fez um gol na indecisão de Dida. Mas o esquema do Milan funcionou, com pequenos milagres, no primeiro tempo.
Parecia que as coisa tinha ficado mais pro luso, que começou aceso e fez um gol na indecisão de Dida. Mas o esquema do Milan funcionou, com pequenos milagres, no primeiro tempo.
Com quatro zagueiros e quatro volantes (mas, ressalte-se, nenhum analfabeto - com todos correndo e se entregando muito) , um centroavante paradão que fica meio no bobinho, a coisa só pode dar certo quando o Kaká puxa o contra-ataque e chega na na frente para concluir. O que aconteceu de maneira magistral.
Aproveitando que a ótima zaga titular do ManU estava no estaleiro ( e mais o reserva Silvestre) o moço evangélico passou por cima de toda a defensiva inglesa, superou em 5 corpos o argentino Heinze e acertou um chute dificílimo, de surda, no contrapé de Van der Saar.
O segundo gol foi antológico. Um chapéu e uma meia-lua dupla, de cabeça e ainda por cima desmoralizante ( Heinze e Evra enrolados comicamente) e a conclusão certeira.
Veio segundo tempo e Ancelotti coloca em campo o homem que ajudaria o personagem do jogo a decidir a partida. Uma grande partida, diga-se de passagem. Pressão total dos vermelhos, e fulminantes contra-ataques milaneses. Por pouco Kaká não faz um terceiro golaço após linda tabela com Seedorf. Que, aliás, jogou muito- vou admitir.
O homem chave do ferrolho rossonero – Gattuso – saiu contundido. Os ótimos volantes bretões se lançaram ao ataque. Num toque de muita classe o inesgotável Paul Scholes fechou a linha de passe inglesa, concluída muito espertamente por Wayne Rooney.
Mais pressão do Manchester e o Dida pegando tudo. No ultimo lance Giggs roubou a bola de Bonnera – a aposta de Ancellotti – e serviu o jovem hooligan que comanda o ataque da Old Trafford. A velocidade de Rooney nos acréscimos e a conclusão seca, de primeira, mortal me fazem crer que a vitória do time da casa estava escrita há quatrocentos anos.
Quando a câmara – e a Champions League é o auge verdadeiro da história da transmissão esportiva - dá uma panorâmica na Torcida do Manchester entendemos por que Wayne Rooney é o grande ídolo dos caras. Por que ele é um deles. Entroncado, mal-encarado, destemido e com cara de tomador de cerveja. O autêntico operário das fábricas Manchester, sacado das linhas de montagem para redimir aquele povo cinza. Um hooligan na grande área.
Vejam a repercussão em milano: http://www.gazzetta.it/
e em Madchetser:
http://football.guardian.co.uk/Match_Report/0,,2064929,00.html
Aproveitando que a ótima zaga titular do ManU estava no estaleiro ( e mais o reserva Silvestre) o moço evangélico passou por cima de toda a defensiva inglesa, superou em 5 corpos o argentino Heinze e acertou um chute dificílimo, de surda, no contrapé de Van der Saar.
O segundo gol foi antológico. Um chapéu e uma meia-lua dupla, de cabeça e ainda por cima desmoralizante ( Heinze e Evra enrolados comicamente) e a conclusão certeira.
Veio segundo tempo e Ancelotti coloca em campo o homem que ajudaria o personagem do jogo a decidir a partida. Uma grande partida, diga-se de passagem. Pressão total dos vermelhos, e fulminantes contra-ataques milaneses. Por pouco Kaká não faz um terceiro golaço após linda tabela com Seedorf. Que, aliás, jogou muito- vou admitir.
O homem chave do ferrolho rossonero – Gattuso – saiu contundido. Os ótimos volantes bretões se lançaram ao ataque. Num toque de muita classe o inesgotável Paul Scholes fechou a linha de passe inglesa, concluída muito espertamente por Wayne Rooney.
Mais pressão do Manchester e o Dida pegando tudo. No ultimo lance Giggs roubou a bola de Bonnera – a aposta de Ancellotti – e serviu o jovem hooligan que comanda o ataque da Old Trafford. A velocidade de Rooney nos acréscimos e a conclusão seca, de primeira, mortal me fazem crer que a vitória do time da casa estava escrita há quatrocentos anos.
Quando a câmara – e a Champions League é o auge verdadeiro da história da transmissão esportiva - dá uma panorâmica na Torcida do Manchester entendemos por que Wayne Rooney é o grande ídolo dos caras. Por que ele é um deles. Entroncado, mal-encarado, destemido e com cara de tomador de cerveja. O autêntico operário das fábricas Manchester, sacado das linhas de montagem para redimir aquele povo cinza. Um hooligan na grande área.
Vejam a repercussão em milano: http://www.gazzetta.it/
e em Madchetser:
http://football.guardian.co.uk/Match_Report/0,,2064929,00.html
e a página da Uefa;
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